Capítulo: “O ego – um grande inimigo da harmonia.”

Capítulo: O ego – um grande inimigo da harmonia
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
(Blog do HAntonio)

Capítulo: O ego – um grande inimigo da harmonia.

Podemos dizer que o egoísmo é uma prática que substitui Deus como referência em nossas vidas e passa a considerar o ‘eu’ como o centro de tudo.

O egoísmo pode ser entendido como a religião do eu. Com a ausência de Deus, com o tempo, a prática do egoísmo passa a debilitar as virtudes e qualidades inatas e, passa a prevalecer na vida da pessoa; parecendo natural, pois há a ausência de referências espirituais. Daí ao surgimento da inveja e da arrogância, da soberba e da vaidade é uma questão de tempo.

O que se dá é o consequente afastamento de Deus e da essência de suas leis, como as leis naturais do verdadeiro amor e do verdadeiro bem, da humildade e da paz interior, do servir e da caridade, da fraternidade e da verdadeira liberdade.

AS LEIS DO ‘EU EGOÍSTA’

Com referências distorcidas e equivocadas, a pessoa provoca seu próprio afastamento de tesouros que lhe seriam de natural acesso e passa a viver em função de riquezas materiais, de reconhecimentos ilusórios e de interesses que não fortalecem e, pelo contrário, enfraquecem o caráter; passando a guiar-se por desejos ilusórios e a sustentar-se com prazeres que corroem, pouco a pouco, sua integridade e grandiosidade.

Com a ausência de referências simples, que são as dadas por Deus, que são ao mesmo tempo profundamente sábias e inconfundíveis; com a ausência destas, emergem o egocentrismo e o orgulho, o baixo estado vibratório e a agressividade, a falta de clareza e de interesse no auto melhoramento interior. Isso provoca os altos e baixos no dia a dia de muitas pessoas, diminuindo a capacidade de raciocinar corretamente e entender a vida sob um prisma mais humano e mais espiritual – em que a sensibilidade e o respeito, a generosidade e as vibrações harmoniosas estejam presentes. A insensibilidade e a intolerância, o desânimo e a mentira têm tudo para prosperar em tais ambientes.

Observa-se que quando prevalecem as leis do ‘eu egoísta’, estas se confundem com as leis do materialismo e há a falsa identificação do ‘ser’ com títulos e papéis, com posses, glórias e conquistas materiais, com estas passam a ser consideradas referências nas vidas das pessoas. E, tomando essas posses, títulos, etc. como referências, a pessoa passa a avaliar se sua vida está sendo bem vivida ou não.

Pode-se dizer que, quanto maior o nível de egoísmo, menos a pessoa expressa sua relação com Deus e menos incorpora seus reais sentimentos às suas atitudes em relação às outras pessoas e à natureza, havendo, quase que inteiramente, a ignorância absoluta em relação às pessoas que estão enfrentando dificuldades, seja de ordem material, física, mental, emocional ou espiritual.

IMPACTO NOS LARES E NAS FAMÍLIAS

Um efeito imediato disso é o impacto desse pobre entendimento nas famílias e nos lares – impacto baseado em referências limitadas e ilusórias, que influenciam na base da educação moderna – de famílias em que não há a presença de Deus, nem da espiritualidade. A partir desse contexto, as referências ilusórias que se estabelecem enfraquecem toda a sociedade e, em meio à ausência de valores genuínos e da aprendizagem das virtudes divinas, o que vemos é o fortalecimento do egoísmo, num processo de autofagia, que reflete o ato de a própria pessoa autoexaurir-se, com a prática de hábitos consumistas e cada vez mais voltadas ao autoenfraquecimento, em termos de valores, virtudes e princípios. Quanto mais esse processo acontece, mais a pessoa fica sujeita às influências maléficas, sendo conduzida por “ondas” que prejudicam não apenas a ela própria, mas a toda a humanidade.

Decorrentes de uma educação familiar despojada de espiritualidade, o que podemos observar é que, como filhos do ego, nascem o sentimento de separatismo – no qual as pessoas se sentem desconectadas umas das outras e o sentimento de orgulho da conquistas materiais ou de posições sociais, da opulência ou da ostentação; atitudes que conduzem ao raciocínio disparatado, mas lógico de acordo com seu ponto de vista, de considerar aqueles que estão vivendo no nível de pobreza ou abaixo, como os ‘culpados’ pelos problemas do mundo.

Aqui cabe uma percepção, que penso valer na maior parte dos casos. Seja qual for a linha espiritual ou religião, em geral, a essência de seus ensinamentos – quando praticados, levam a ações de caridade e de servir, de amar o próximo e de fazer o bem.

Habituados ao ego e ao enfraquecimento interior, muitos dos que vivem na superficialidade dos ensinamentos espirituais – assumem suas escolhas – que denominam religiosas ou espirituais, mas que em verdade se distanciam, e muito, da essência propagada por elas; passando a fortalecer o ato da não aceitação das diferenças entre as inúmeras crenças, doutrinas e filosofias que habitam nosso planeta. Passando a considerar a ‘sua’ como a única certa e digna. Este é mais um reflexo do egoísmo em nossa sociedade. Algo que o Papa Francisco, o Dalai Lama e outros exemplos de espiritualidade na prática, mostram como estando em desacordo com o propósito de suas religiões. Sendo eles próprios exemplos de humildade e sabedoria e defensores da necessidade de tolerância e aceitação das escolhas que são feitas pelas pessoas.

O fato é que, havendo espiritualidade na ação, pode-se sempre agregar e inspirar valores que podem auxiliar a revigorar a saúde espiritual do planeta, que está muitíssimo fragilizada, a despeito do número incontável de religiões. Não se podendo esquecer de que a educação começa e, sempre, se fortalece no lar.

Capítulo: O ego – um grande inimigo da harmonia
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
Publicado no Blog do HAntonio (hantonio.com)

Para sugestões ou comentários sobre os textos aqui publicados, favor enviar mensagem através do contato deste site ou clicando AQUI.