Capítulo: “Sobre a justiça de Deus e a justiça dos homens.”

Capítulo: “Sobre a justiça de Deus e a justiça dos homens.
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
(Blog do HAntonio)

Capítulo: “Sobre a justiça de Deus e a justiça dos homens.

A justiça divina, que está em acordo com as leis de Deus, vai muito além do que podemos conceber quando guiados com a nossa consciência corpórea. Mais que o entendimento, a ‘aceitação’ da justiça divina é algo que se manifesta quando a consciência espiritual está presente.

Deus é sempre justo, pois somente proporciona o bem.
Mas nem sempre entendemos assim. Por quê?


Porque, na maior parte do tempo, somos guiados por nossa consciência corpórea e nos armadilhamos nos embaraços da justiça humana; e com tal consciência não somos capazes de captar a magnitude e profundidade das leis divinas. E aqui falo apenas de leis em relação ao nosso plano de vida, que envolve o espírito relacionando-se com a matéria no plano tridimensional. Não me atrevo a tecer considerações em relação aos planos celestiais mais elevados da criação, pois todas as esferas, por mais elevadas sejam, obedecem às leis de Deus. 

Querer reduzir Deus aos limites de nosso entendimento é um dos atos mais desacertados, incoerentes e prejudiciais que cometemos, em quaisquer níveis; mas, no nível da justiça é ainda mais contraproducente, pois nos desvirtua completamente de nossos propósitos de vida.

Como exemplo das limitações da justiça humana, é só abrirmos os nossos olhos e voltar um pouco no tempo. Há menos de dois séculos a escravidão era legalizada. Possuir escravos e tratá-los como objetos de sua posse era considerado legal e era algo considerado ‘normal’ à época, totalmente dentro das normas da justiça humana da época. Esse é apenas um exemplo de quão limitados somos e das sérias limitações existentes na justiça humana; e isso se dá em todas as épocas, de acordo com o desenvolvimento consciencial.

Para observarmos outras situações consideradas “normais” dentro do entendimento humano, basta sairmos um pouco do plano em que estamos e nos colocarmos como observadores situados em um outro plano, desapegado deste mundo em que vivemos. Ao nos colocarmos neste “outro plano”, como observadores desapegados, veremos um sem número de situações, consideradas “normais” pela sociedade, seja de agora ou de outras épocas, e que, ao se atingir um outro estágio consciencial, passa a ser vista de outra maneira. 

Exemplos? Até certo tempo atrás, ‘duelar em nome da honra’ era uma regra a ser seguida por quem se considerasse ‘digno’‘Fumar dentro de avião; ou mesmo dentro de ambientes fechados’ era um conceito estabelecido em nossa sociedade; ‘ter empregadas domésticas sem registro’ era algo corriqueiro; etc. Fico nestes exemplos sem entrar em outras considerações que poderiam esbarrar em posicionamentos políticos de alguns e não é esse o nosso foco. 

O foco é que a observância de equívocos nas leis humanas no decorrer da história, sem a presença da consciência espiritual, é que leva alguns a quererem fazer justiça com as próprias mãos. Esquecendo-se que a maior justiça, que é incorruptível, inabalável e inegociável é a justiça que impera sob os desígnios divinos de Deus.

A justiça divina é incorruptível, inabalável e inegociável!

Mas devemos lembrar que a lei do amor é a base para tudo que é de Deus; assim, mesmo a visão de justiça que pune ou que castiga é um (des)entendimento distorcido por nossa consciência corpórea. Na medida em que elevamos o nosso nível de consciência, integrando a espiritualidade em nossas vidas, de maneira real, passamos a entender que o ‘sofrimento’ e ‘dor’ e mesmo o que denominamos ‘castigos’ ou ‘punições’, em verdade, constituem atos que, em algum nível, resultam do amor de Deus, mesmo que seja muito difícil entender isso quando os experimentamos. 

 Como um simples e firme “não!” de uma mãe dito ao bebê que ameaça colocar sua mãozinha na chama de uma fogueira. Não há dúvidas de que a mãe ama seu filho, mas ela sabe que há inúmeras situações de risco que a criança irá enfrentar na vida e há limites a serem ensinados, que servem, ao mesmo tempo, para proteção e como referências a seguir em todas as etapas de vida. Mas aquele “não”, dito tão firmemente à criança, dificilmente seria entendido como sendo benéfico pelo bebê.

Algumas vezes, certas perdas, restrições ou experiências vividas são difíceis de serem entendidas, mas uma coisa é certa: Deus só quer o bem e é sempre justo e, na maioria das vezes, não interfere, deixando a nós o livre-arbítrio de escolher como agir; mesmo nas situações de ‘restrições’ ou nas que costumamos denominar “punições”; mesmo nestas condições, há o livre-arbítrio dado a cada um para ter atitudes que podem nos melhorar, nos fortalecer e nos aproximar de Deus, ou então, nos armadilhar em mais situações de ‘risco’ que nos enfraquecem e nos distanciam ainda mais de Deus.

Lembremos que, de todos os ‘males’ existentes em nossa sociedade, NENHUM veio de Deus;
todos eles são decorrentes de nosso afastamento de Deus.

Mesmo os ‘males’ que claramente não nasceram de nós; eles só ganham vida e força quando os acolhemos e os alimentamos em nossas vidas e um dos males mais sutis é usar o nome de Deus em vão, ou usar o Seu nome para defender interesses egoísticos, materialistas, corporativistas, políticos, etc.  

A escolha por Deus pode a esses males afastar, mas isso só passa a acontecer quando ativamos a vontade de ‘querer’ Deus em nossas vidas; quando passamos a ‘querer’, de fato, que Deus guie nossos corações.  E isso implica claramente em não desejar Deus em nossas vidas apenas para confirmar nossos próprios interesses. Até isso acontecer, a ‘aprendizagem’, com os chamados ‘castigos’, ‘punições’, etc., que nada tem a ver com Deus, continuam a florescer em nossas vidas. 

O ‘basta’ ao entendimento distorcido é uma decisão nossa; e ele está em nossas mãos. A partir do ‘basta’, quem assume as rédeas é Deus, e então, serenidade, amor, paz de espírito passam a prevalecer, mesmo quando em situações de dor, perdas e sofrimento.  

Capítulo: “Sobre a justiça de Deus e a justiça dos homens.”
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
Publicado no Blog do HAntonio (hantonio.com)

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