Capítulo: “Simples Aprendizagens com as Graças de Deus!”

Capítulo: Simples Aprendizagens com as Graças de Deus.”
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
(Blog do HAntonio)

Simples Aprendizagens com as Graças de Deus!

Neste capítulo, compartilho algumas aprendizagens, que servem como pilares em minha vida, sustentando-me e guiando-me. Cada item a seguir tem um profundo impacto em minha vida. Como práticas muito importantes, elas têm servido de sustentação e regeneração em minha jornada espiritual. São práticas simples e diretas.  
Assim, entenda cada item abaixo como uma prática possível de ser adaptada e experimentada por quem assim o desejar. De fato, pessoalmente faço isso regularmente. Não são conceitos e vivências fixos e determinados.
De acordo com o fluxo de minha vida, na medida em que apreendo um pouco mais dos ensinamentos de Deus, adapto e procuro torná-los mais claros para mim mesmo, e para quem vier a ter contato com estas notas, durante a minha jornada enquanto aqui e adiante, para quem estiver destinado de lê-las.
Observo que este capítulo será constantemente completado durante a jornada, no tempo devido.
A seguir relaciono treze aprendizagens:

1

1. A Escolha!

‘Eu escolho Deus!’

Escolher Deus é um ato! É uma escolha nossa!  A escolha por Deus requer nossa atuação, nossa participação. Penso que essa seja a essência da fé.

Não só, mas principalmente quando estamos afastados de Deus, fazer essa simples autodeclaração: “Eu escolho Deus” tem muito poder. 

Por mais erros que estejam sendo cometidos no presente ou que possam ter sido cometidos no passado e, por mais distante sintamos estar de Deus; dizer com seu coração: “Eu escolho Deus!”, na prática significa verter o fluxo de luz divina em nossa direção e resulta em direcionar o rumo para o qual estamos dispondo nossas vidas; no sentido de Deus. 

Na linguagem da física, ter claro o ‘sentidosignifica ter clara a orientação, ou o rumo, a seguir.  Na linguagem espiritual, ‘no sentido de Deus’ significa fazer a conversão em Sua direção, e isso pode ser traduzido como converter-se, dando a pilotagem de seu coração a Deus.

Dizer: “Eu escolho Deus para guiar meu coração!” é um ato,
decisivo, na nossa conversão em direção a Deus e ao bem. 

Esta simples ação auto declaratória de escolher Deus muda tudo que vem depois dela. Portanto, essa autodeclaração pode e deve ser manifestada, a si mesmo, na intimidade e com honestidade de coração, quantas vezes sentir que deve fazê-la. Seja em diferentes momentos e fases de sua vida e nas mais diversas situações em que se encontrar.

Coloco essa aprendizagem em primeiro lugar, pois ela é decisiva em tudo o mais em nossas vidas.

2. Um passo!

‘Um passo meu em direção a Deus, mil passos de Deus em direção a mim!

Lembrar-se sempre de que o primeiro passo deve ser sempre nosso. Não importa a situação, por mais difícil que possa ser, dê um primeiro passo na direção de Deus. O que resultará disso você verá. 

Conforme nossa jornada de vida flui, vários outros passos terão que ser dados. Façamos nossa parte.

Um exemplo de primeiro passo, que tem impacto de abrangência instantânea é parar o que quer que esteja fazendo e fazer uma oração, seja em meio a situações do dia a dia, ou em meio a situações em que estejamos confusos, desencontrados, desanimados ou desesperançados. 

Ou seja, fazer uma oração em meio a situações habituais, ou em meio a circunstâncias caóticas, tanto de um modo quanto de outro, significa, de modo nítido para a sua consciência, dar um passo em direção a Deus. 

Há várias outras maneiras de se dar um primeiro passo. Um outro exemplo, de abrangência com repercussão bem mais ampla em nossas vidas é fazer a autodeclaração: “Eu escolho Deus!” 

Entre o passo com impacto instantâneo e o passo que terá ampla repercussão em nossas vidas, haverá várias outras oportunidades em que poderemos exercer a opção de dar um passo em direção a Deus; o importante é fazê-lo.

3. A oração! 

A oração é decisiva! 

Em relação a orar, a aprendizagem mais nítida que recebi em minha vida, é bem simples: ‘a oração é decisiva!’

Devemos sempre lembrar do poder da oração em nossas vidas. É o ato mais sagrado de nossa comunicação com Deus. 

Seja feita de maneira espontânea ou por meio de ritos formais; estruturada em palavras (oração convencional), na forma de pedidos, de louvor ou de agradecimento; seja estruturada em imagens (contemplação) ou em sentimentos (meditação); a oração deve sempre ser feita com o coração. Acima de tudo, devemos nos lembrar que a oração é a expressão de nossa alma comunicando-se com Deus.

Orar significa encontrar com Deus! 

Experimentemos momentos de fé e harmonia juntos com Deus, rezando, contemplando e meditando, em momentos de reaproximação com Deus.

Pacificando nossos pensamentos e acalmando nosso coração, permitindo que a vontade divina de Deus nos ilumine. 

Como referências de orações aprendidas, sugiro três: O Pai-Nosso, a Oração de São Francisco e as Bem-Aventuranças.  

4. O amor!

O amor é o elemento de coesão entre nós e Deus!

O amor é o ingrediente que estabelece coesão e aderência entre nós e Deus! 

A linguagem de Deus é o amor; tudo de Deus se expressa nesta linguagem. 

A lei maior de Deus é a lei do amor; todo o resto é derivado desta lei.

Por isso, sempre é lembrado que o amor deve ser parte da oração, sempre!

Resumiria essa aprendizagem assim: ‘A lei do amor é a lei maior de Deus e o amor também é sua linguagem, ou seja, a linguagem de Deus é o amor, e o amor é o elemento de coesão entre nós e Deus!

5. A Consciência!

‘Mudar a chave da consciência corpórea para a Consciência Espiritual

Mudar a chave da posição de consciência ‘corpórea’ para a posição de ‘Consciência espiritual é um ato simples, mas muito significativo, que muda nossa forma de ver e interagir em meio às situações em que nos encontramos e, num alcance mais amplo, muda a forma como interagimos com o mundo. 

Mas, para isso ocorrer, nós é que temos que acionar a chave, fazendo a mudança do estado de nossa consciência de ‘corpórea’ para ‘espiritual’.  

O dom de acionar a chave da ‘consciência espiritual’ é um presente de Deus que temos que usar. Ele reflete uma mudança de comportamento fundamental: a de sermos dirigidos pelo sentimento de sermos corpos e matéria para a de assumir a direção de nossas vidas, nos assumindo como seres espirituais, filhos de Deus. 

Uma forma simples de acionarmos a chave de nosso estado de consciência corpórea para o estado de consciência espiritual, é a oração. 

Outras formas serão descobertas por cada pessoa. Uma delas, que também aprecio fazer, é vincular a lembrança de ser um ser espiritual com o ato de respirar fundo. A cada inspiração profunda, trazendo à tona a lembrança de ser um ser espiritual atuando no mundo físico. Outra forma simples que nos ajuda a acionar a chave da consciência espiritual é a boa leitura (item 12 a seguir).

Devemos estar cientes de que nossos desejos, hábitos e interesses, no fundo são guiados por um dos dois tipos de consciência:

– Da consciência corpórea – que alimenta o fluxo dos desejos e das sensações e fomenta a nossa sintonia com o materialismo;

ou,

– Da consciência espiritual – que alimenta os sentimentos regeneradores, genuínos e puros, que nos conduzem e nos sintonizam com o bem e com as aspirações elevadas da espiritualidade.

A prática da mudança de chave, do corpóreo para o espiritual é uma conduta que deve se tornar habitual e ‘para sempre ‘. Não é algo a ser feito uma ou apenas algumas vezes e pronto, estará lá para sempre. Não! É algo que devemos fazer sempre, de novo e de novo; com essa prática podendo e devendo ser feita muitas e muitas vezes durante todos os dias de nossas vidas.  

6. O Discernimento!

O que é de Deus‘ e ‘o que não é de Deus

Discernir o que é de Deus ‘ e ‘o que não é de Deus ‘, o que é do ‘bem‘ e o que ‘não é do bem‘, é um dom que de Deus nos dá, que muda totalmente nossa capacidade de escolher com o que devemos nos sintonizar.  

Cada um de nós, em diferentes momentos de nossas vidas, recebemos chances de ativar esse dom; como um ‘presente‘ que Deus nos dá. O segredo reside em, assim que recebemos tal presente, termos que praticar esse ato de discernir, de novo e de novo, mais e mais, até automatizá-lo em nossas vidas. Até quando ele se torne ativo também nos nossos sonhos.

Um componente sutil que faz parte desse presente é a percepção de que não devemos cair na armadilha de, ao discernir, querer julgar. Discernir é um presente para nos guiar e nos proteger, já julgar; esta atribuição não é para nós. Querer julgar é algo que não nos compete, a menos que a pessoa tenha a função de juiz na corte de justiça. Lembremos-nos de Jesus ao dizer: “Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra”. Devemos sim, nos ater e desenvolver a capacidade de discernir, pois sabendo discernir o que ‘é de Deus’ e o que ‘não é de Deus’, estaremos aptos a escolher com o que nos sintonizar.

7. A Vontade!

‘Vontade de Deus’ 

A “Vontade divina” é uma só, seja de Jesus Cristo, de Deus Pai Todo-Poderoso ou do Espírito Santo. Independentemente de sua procedência, a vontade-divina, é uma só! 

Há harmonia absoluta entre os entes da Santíssima Trindade, harmonia que abrange, envolve e guia todos aqueles que são enviados a nós ou ao nosso planeta por Jesus Cristo, por Deus Pai ou pelo Espírito Santo; por exemplo a Mãe Santíssima, Imaculada Mãe Maria; ou os Anjos celestiais de Deus. 

“Seja feita a Vossa Vontade”

“Seja feita a Vossa vontade. Assim na terra, como nos céus”.  Quanto mais o ingrediente da fé estiver presente em nossas consciências, mais a vontade de Deus se fará presente em nossas vidas, e mais se concretizará o ensinamento da oração ensinada por Cristo no Pai Nosso: “Seja feita a Vossa vontade. Assim na terra, como nos céus”.  

Que seja feita a vontade Deus em nossas mentes, intelectos, corações e, principalmente, em nossos Espíritos.

“Alinhando nossa vontade à Vontade de Deus”

alinhamento de nossa vontade-humana com a Vontade de Deus é que nos conduzirá ao reino do Pai. Esse alinhamento coloca nossas vidas no fluxo correto. Funciona como um rio-afluente, unindo-se ao Rio principal; a partir dali, nossas “águas” misturam-se com as águas de Deus. (Acho que podemos entender isso com a fala de Paulo: “Assim, não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim”[1].

Um meio eficaz que, pessoalmente, alcanço praticar; com certeza há outros, mas para mim, um meio bem prático para apreender esse alinhamento com Deus, é o de utilizar as três orações apresentadas no início deste livro. Elas são como que ‘meu guia de alinhamento com Deus’: As bem-Aventuranças, a Oração de São Francisco e o Pai Nosso

Cada frase dessas orações tem um significado profundo e especial que nos aproxima e nos une a Deus. No decorrer deste livro, isso será detalhado e aprofundado.

8. A Fé!

‘Tenha fé em Deus!

A fé é o reflexo de nossa harmonização com Deus. Cada um de nós deveria pensar nisso: como aumentar a minha harmonização com Deus? 

Na medida em que aumentamos nossa harmonização com Ele, aumentamos o poder de nossa fé e a refletimos em nossas escolhas, decisões e ações e, acima de tudo, em nossa vontade. 

Portanto, para aumentar nossa fé, devemos aumentar nossa harmonização com Deus. 

9. A visão!

Para ver a Deus, temos primeiro que aprender a ver o bem!

Praticar no dia a dia ter como foco de nossa visão, ver o bem’ e como foco de nossas ações ‘praticar o bem’ e ‘promover o que é do bem’. 

Para ver ‘o bem’, temos que purificar o coração. Para tal, devemos regenerar os pensamentos e os sentimentos, limpando-os e purificando-os, dia após dia. Ver o bem é uma etapa para aqueles que querem encontrar Deus! Devemos nos lembrar da sexta Bem-Aventurança ensinada por Jesus. “Os puros de coração, verão a Deus!”.

Minha aprendizagem em relação a esta bem-aventurança, é que: para ver a Deus, temos primeiro que aprender a ver o bem!

10. A luz!

Absorvendo a luz do Espírito Santo e o Oxigênio puro da Fonte da criação!’

A aprendizagem é a de Inspirar e expirar a luz do Espírito Santo, trazendo junto o “Oxigênio puro da Fonte da criação”.
A aprendizagem é um exercício simples de respiração, inspirando e expirando, sentindo a luz do Espírito Santo banhando o seu espírito e adentrando seu corpo físico.
Para tal, devemos praticar o ato de respirar, dizendo consigo: eu inspiro o “oxigênio puro da Fonte da criação” e expiro o “oxigênio puro da Fonte da criação.

 11. O caminho!

‘O caminho para Deus!’

Essa aprendizagem veio à tona parafraseando Gandhi, que quando perguntado, ‘Qual é o caminho para a paz?’ respondeu: “A paz é o caminho!”.

A aprendizagem intuída numa das meditações matinais com Jesus e Mãe Maria foi a seguinte:

“Qual o caminho para Deus?”

A resposta? “Deus é o caminho!”

12. A leitura!

‘Boas leituras nos apresentam boas referências.’

Muitas vezes, o simples ato de ler uma frase ou parágrafo que nos inspira, ajuda a fazermos a mudança de nosso estado consciencial. Como exemplos disso podemos ver alguns itens dos salmos 23 ou 91 e trechos de várias outras passagens nos textos bíblicos. Minha experiência pessoal é que, para haver a mudança de consciência, não precisamos fazer a leitura completa de um livro ou de um texto. O simples fato de ler um trecho (frase ou parágrafo, por exemplo) e procurar experimentá-lo e absorvê-lo já pode ser o suficiente para assentar parâmetros mais elevados em nossa consciência. Tais experiências não tomam mais que poucos minutos e podem impactar positivamente todo o restante de nosso dia (leitura matinal) ou de nossa noite (leitura pouco antes de dormir).

Várias outras leituras podem nos inspirar, mas devemos estar atentos ao que elas nos inspiram. Escolher o ‘quê’ ler é importante no sentido de que, por meio delas, estaremos trazendo alimento às nossas mentes e aos nossos corações. Pessoalmente, penso que só devamos dar continuidade a quaisquer leituras se sentirmos que elas nos inspiram a contribuir para a nossa melhora íntima e para a melhora do mundo em que vivemos.

13. O Silêncio!

‘A alma descansa no silêncio.
É no silêncio que melhor nos comunicamos com Deus.’


Como estamos num mundo de ações constantes, o silêncio é pouco praticado. Mas, penso que a aprendizagem da prática espiritual é muito aprimorada com o desenvolvimento da prática do silêncio. O silêncio nos possibilita um melhor contato com Deus, por isso, todos que estão na jornada do crescimento espiritual rezam, oram, meditam, contemplam, etc.
Jesus nos ensinou, com exemplos dele próprio, que devemos ter nossos momentos de afastamento do mundo exterior. São nesses momentos que procuramos sair do raso das superfícies ‘carnais’ e adentramos as profundidades de nosso ser; e a partir de um processo de interiorização, estabelecemos nossa relação com o divino, com Deus.

O fato é que a alma descansa e se revigora no silêncio. É no silêncio que melhor nos comunicamos com Deus.
A experiência do silêncio é sempre transformadora, para melhor. Quando conseguimos experimentar silêncio nós descansamos e nos revitalizamos.

Quando experimentamos o silêncio dos sentidos, em algum nível, seja silenciando o falar, o tocar e o ouvir, aí é que a alma se torna mais apta a se sintonizar com o Amor e com a Paz, com a Vontade e com as Bênçãos que fluem de Deus.

É interessante observar que, intuitivamente, as pessoas procuram o silêncio antes de momentos importantes em suas vidas, seja um padre antes da missa, um professor antes de uma aula, um médico antes de uma cirurgia, um escritor antes de escrever, um esportista antes de um evento relevante para ele, um artista antes de uma apresentação, uma pessoa ao dar graças pelo alimento antes de comer; e assim ocorre com todos que buscam fazer seu melhor. A diferença é que quanto mais Deus está presente na experiência do silêncio, menos ‘carnais‘ seremos e mais a vontade e a misericórdia de Deus se manifestará em nós, em nossos pensamentos e em nossas ações.

Para escutar Deus, devemos estar atentos a como estamos agindo, espiritualmente falando. Deus não fala como nós. Para ativar o ‘modo escuta de Deus em nós, devemos ativar o ‘modo silêncio. **

Deus se manifesta de diferentes maneiras, em nosso dia a dia. Mas para ‘escutá-Lo’, devemos silenciar os ‘ruídos’ provocados por nossos sentidos. Isso se reflete em nossas mentes, em nossos corações e, fundamentalmente, na maneira como podemos perceber Deus ‘falando‘ conosco.

[1] “Já não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Gálatas 2, 20.

** “Silêncio-Escuta” – inspirado na fala de Pe. Rui Ruivo sobre o modo “Silêncio-Escuta” na Capelinha das Aparições, em Fátima dia 24.05.2021

Capítulo: Simples Aprendizagens com as Graças de Deus.
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
Publicado no Blog do HAntonio (hantonio.com)

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