Capítulo: “Espontaneidade Espiritual – Reflexo nos Relacionamentos.”

Capítulo: “Espontaneidade Espiritual – Reflexo nos Relacionamentos.” 
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
(Blog do HAntonio)

ESPONTANEIDADE ESPIRITUAL – REFLEXO NOS RELACIONAMENTOS.

Conhecer é a etapa inicial para o advento de qualquer relacionamento.  É nessa etapa que se dá início à edificação de um primeiro pilar sustentador de todo relacionamento, o qual, primeiramente, tem repercussão no íntimo do próprio ser, constituindo também o pilar sustentador de nosso senso de identidade: ‘conhecer-se ‘. 

Uma próxima etapa é ‘aceitar-se‘; e isso engloba aceitar-se espiritualmente, e não apenas como um corpo físico, mas como um ser espiritual que faz uso de um veículo físico, no caso, nosso corpo. 

Apreciar é outra etapa importante no processo de qualquer relacionamento. Sem apreciação, qualquer relacionamento tende a esvaziar-se; sem apreciação não há vontade de relacionar-se. A apreciação surge com o conhecimento, com a aceitação, com as experiências e com a convivência. A apreciação ganha intensidade quando há crescimento espiritual, mas, acima de tudo, a apreciação se consolida quando experimentamos o fluxo de amor, de felicidade e de paz que permeia o relacionamento. Aí então, podemos dizer que há a sensação de bem-estar e conforto íntimo presentes durante um relacionamento, mesmo quando estivermos passando por momentos difíceis.

Uma outra etapa importantíssima em um relacionamento é o desenvolvimento do sentimento de confiança. O qual, após constituído, suscita o grande desafio em um relacionamento: a preservação da confiança. A quebra de confiança pode trazer consequências danosas a qualquer relacionamento.

A confiança é uma das virtudes guardiãs de nossa essência divina.

Confiar em Deus é um pilar vital na sustentação de nossa consciência espiritual.

Devemos estar muito atentos à manutenção do sentimento de confiança em relação a Deus.

Num nível mais sutil, pode-se dizer que a confiança é uma das virtudes guardiãs de nossa essência divina. A confiança, quando relacionada a Deus está muito proximamente conectada à fé. Confiar em Deus é um pilar vital na sustentação de nossa consciência espiritual e, consequentemente, é fundamental na forma como interagiremos em todos os outros relacionamentos que acontecem em nossas vidas. Devemos estar muito atentos à manutenção do sentimento de confiança em relação a Deus. Por nada devemos abrir as portas a sentimentos de desconfiança. 

Jesus nunca desconfiou de ninguém!
Ele simplesmente tinha claro quem era cada alma na sua frente, tendo o nítido entendimento do papel de cada um, mesmo que muito distantes do bem estivessem.  

Assim, com clara e profunda presença da confiança em Deus, em nossas almas, seja o que for que se apresente nas relações humanas; por mais distantes do bem sejam as intenções ou ações de alguém, o que haverá em nossas mentes será a clareza e entendimento em relação ao que estiver se apresentando na nossa frente, mas não haverá espaço para desconfianças. Durante sua estadia entre nós, Jesus nunca desconfiou de ninguém! Ele simplesmente tinha claro quem era cada alma na sua frente, tendo o nítido entendimento do papel de cada um, mesmo que muito distantes do bem estivessem.  Mas isso nunca o fez deixar surgir nenhum traço de falta de confiança, ou seja, de desconfiança; nem mesmo por um mínimo instante durante sua estadia entre nós, quando de sua vinda. O nosso modelo, a servir de referência para nós, são seus exemplos e atitudes.

A armadilha, muitas vezes, a nós será posta – cabe a nós não cairmos nela, ao perceber que algo ou alguém muito desvinculado do bem se apresenta em nossa jornada e não permitir que o sentimento de desconfiança emerja, sorrateiramente, em meio a nossos sentimentos. Um exemplo: alguém te diz, “você não confia em mim?” Uma atitude simples e honesta de nossa parte, nos dá a resposta: “Eu confio em Deus, e Ele me mostra o que fazer. Algumas vezes, será não atender ao que me pedes, outras vezes será não concordar contigo, mas orar por ti.” Isso não tem a ver com não confiar, tem a ver com entender que você e ninguém é perfeito, exceto Deus. Frente a tais situações, temos que usar o poder de discernir, de entender e de saber qual atitude Deus espera de nós e, em determinadas circunstâncias, as quais não somos capazes de enfrentar, devemos pedir e esperar a ajuda de Deus. Ele proverá a ajuda que necessitamos!

Com a consciência correta, em que experimentamos a companhia de Deus,
haverá a combinação de conhecimento, aceitação, apreciação, discernimento e confiança.

Assim, com a consciência correta, em que experimentamos a companhia de Deus, haverá a combinação de conhecimento, aceitação, apreciação, discernimento e confiança em nossas almas. Então, haverá a tendência natural de espontaneidade espiritual em nosso pensar, sentir, agir e interagir.

No nível humano, podemos dizer que: conhecer e aceitar, apreciar, discernir e confiar são pilares que sustentam todas as nossas relações. Quando esses componentes se fazem presentes, a espontaneidade se torna um ingrediente ativo nas nossas relações; espontaneidade que se intensifica quando aprendemos a aceitar nossa verdadeira identidade – espiritual, de que somos filhos de Deus, de que não morremos quando nossos corpos morrem e de que a relação com o Pai é vital no aprimoramento de nossas relações com todos os irmãos e irmãs que estão nessa jornada conosco, inclusive no aperfeiçoamento de nossas relações com os animais e com a natureza. 

Exemplos de espontaneidade espiritual, elevada e verdadeira, temos muitos; é só abrirmos os olhos e haverá a revelação de novos e antigos exemplos de pessoas que, estabelecendo uma relação profunda e íntima com Deus, transformaram não só suas vidas, mas a daqueles que com eles conviveram. Dois exemplos de espontaneidade espiritual que valem ser lembrados, de relação íntima com Deus, com as pessoas, com os animais e com a natureza são o de São Francisco de Assis e de Santa Clara.

A espontaneidade espiritual continua a se desenvolver conforme assimilamos novos ensinamentos, advindos de nossa relação de crescente harmonia com Deus, seja por meio de orações, meditações, contemplações, estudos, reflexões, intuições, insights, etc. O fato é que a espontaneidade espiritual acontecerá quando aplicamos essas ‘aprendizagens‘ , de forma prática, em nossas vidas. E quando errando, entendendo o erro e corrigindo-se, caindo, talvez prejudicando outros, mas, reconhecendo o erro, pedindo perdão, levantando-se e ajudando-os a se levantarem e, com humildade e fé, sendo cada vez mais verdadeiros filhos de Deus.

Assim, considerando-se o fato de estarmos num cenário físico, tridimensional, que é o nosso planeta, ou seja, de estarmos vivendo e nos expressando num plano humano, as nossas relações com as pessoas, com a natureza, animais e tudo que compõe os cenários de nossas vidas, vão além do que alcançam nossas qualidades humanas. De fato, a nossa relação com o lado divino, com Deus e com Seus ensinamentos é que que determinará a real qualidade das virtudes que habitam nossas almas e dos sentimentos que nutrem nossos corações; virtudes e sentimentos que se refletirão em nossas atitudes no dia a dia e que se traduzirão em todas as demais relações .

Quando começamos a trilhar o caminho de reencontro com Deus, tudo o mais ganha nova luz; as perspectivas mudam, e mudam para melhor, inclusive as que temos sobre nós mesmos.’

Uma constatação simples é que quando adentramos o universo do conhecimento de nós mesmos, ‘o autoconhecimento’, e começamos a valorizar a qualidade da nossa conexão com Deus, é que começamos a trazer qualidade verdadeira aos nossos relacionamentos, conosco mesmos, com as outras pessoas, com a natureza, com os animais e com tudo que compõe o cenário planetário do qual fazemos parte. 

A essência de tudo, talvez, possa ser resumida de forma simples: ‘quando começamos a trilhar o caminho de reencontro com Deus, tudo o mais ganha nova luz; as perspectivas mudam, e mudam para melhor, inclusive as que temos sobre nós mesmos.’ 

Capítulo: “Espontaneidade Espiritual – Reflexo nos Relacionamentos.” 
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
Publicado no Blog do HAntonio (hantonio.com)

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