Capítulo: O Poder do Conhecimento, a Oração e a Meditação.

Capítulo: O Poder do Conhecimento, a Oração e a Meditação.
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
(Blog do HAntonio)

O Poder do Conhecimento, a Oração e a Meditação.


Da escuridão para a luz, dos conflitos para a harmonia, da ilusão para a realidade, do falso para o autêntico, do temor para o amor; dentre todas estas transposições o que existiria de comum a elas?

Talvez uma palavra possa sintetizar tudo: a verdade.
O que é a verdade? Como distinguir o que é verdadeiro do que é falso?

Lembrando minha relação de aprendizagem com os ensinamentos recebidos por mim, sendo acolhido em lar cristão e aprendendo dos ensinamentos de Jesus, desde os meus primeiros relances de entendimento da espiritualidade na prática, algo que me foi agraciado pelo exemplo de minha mãe e pela presença dos anjos de Deus em minha vida desde minha infância; depois passeando pelas leituras as mais variadas, em que o budismo e a ciência me mostraram diferentes caminhos pelos quais também sinto transitar a espiritualidade e depois com práticas de meditação, tanto no nível angelical como na relação com Deus; etapas todas que fizeram e fazem parte de minha jornada de vida, a percepção que emerge naturalmente para mim é que a verdade é autossuficiente e se apresenta por si. 

Quando oramos ou quando refletimos, ou quando meditamos ou contemplamos com o coração, ultrapassamos camadas que nos afastam de nosso ego e de impressões superficiais que temos de conhecimentos ou de nós mesmos e começamos a nos sentirmos próximos de nosso verdadeiro ‘eu’ e da essência que conhecimentos genuínos carregam sempre consigo. 

Interesses ou preconceitos esmaecem e saem de cena gradualmente, conforme nos aproximamos da essência divina que conecta nossas almas com Deus e com a essência dos conhecimentos; o que prevalece é apenas o sentimento de ser; e quando esse sentimento aflora, naturalmente nos sentimos parte de algo maior, nos sentimos integrados e atraídos, cada um de um jeito pessoal e único, à essência da vida ou a um plano mais elevado e sublime que, sinto, aproxima-nos de  Deus.

Um aspecto interessante da relação conhecimento-sabedoria é que grande parte da sabedoria vem do conhecimento, ok! Mas não de qualquer tipo; ao observarmos com mais profundidade, a sabedoria parece nascer do conhecimento que transita pelos três aspectos do tempo, ou seja, pelo passado, presente e futuro. A sabedoria tem esse dom, ou seja, de fazer com que o conhecimento absorvido consiga e possibilite à nossa consciência transitar pelos três aspectos do tempo. A sabedoria nos possibilita enxergar o passado, o presente ou o futuro com um olhar especial. Em essência, a sabedoria é sempre transformadora; mesmo em relação ao passado; ela pode não mudar o passado, mas nos faz vê-lo com um novo olhar, mais sábio, mais compreensível, mais humilde, mais tolerante e mais sensível.

O conhecimento que nos possibilita perceber o ilimitado, ou seja, a ir além dos limites aparentes do tempo e do espaço está fundamentado no autoconhecimento e este auxilia em muito na aquisição de sabedoria. Quando esta se manifesta, há a sensação de que passado, presente e futuro se fundem – não havendo mais separação e nem interesse em distinguir o que é o que naquele instante.

Conhecer-se tem muito a ver com aceitar-se e ao nos aceitarmos, como seres espirituais e como aprendizes e filhos de Deus que somos; pode-se dizer, que é nesta etapa que começamos, de fato, a jornada que nos leva além de influências que limitam e distorcem o verdadeiro propósito de nossa interação com o plano material.

Ver além do véu de falsos entendimentos que nos impedem de ver horizontes mais esperançosos e ver além da cortina de supostos “prejuízos” que podem se apresentar à nossa frente significa ver além de projeções que, num primeiro momento, se fazem visíveis na superfície de entendimentos limitados e incompletos que temos quando confinamos nossa consciência dentro de limites nos quais nos sentimos seguros. Essa pretensa segurança acaba por limitar o poder da fé e a capacidade de se resignar, assim como acaba por enrijecer nossa sensibilidade a ponto de nos conduzir, primeiramente, à inação e à indiferença e, posteriormente, ao desânimo e desesperança.

O benefício que se evidencia atrás de situações aparentemente negativas sempre existe; mas o quanto daquele benefício conseguimos perceber quando tais situações ocorrem? 

Algumas das projeções que enxergamos podem existir, de fato, mas não são as únicas que se fazem presentes; muitas das vezes elas são as projeções mais superficiais e quando, de algum modo, conseguimos ativar um nível mais elevado de consciência, somos capazes de ver e sentir o que está além do plano superficial. 

É como se fizéssemos uma travessia de uma margem de um despenhadeiro, deixando um lado de solo árido, com árvores ressecadas, pedras descoloridas e sentimentos de desesperança para uma outra margem com solo fértil, com árvores verdejantes, riachos abundantes e flores que suprem e perfumam o ambiente ao redor em que o sentimento humano ganha brilho e a alma ganha ânimo novamente. 

A ponte que nos capacita fazer esta travessia é a espiritualidade, ou seja, é o conhecimento espiritual colocado na prática. E isso pode ser traduzido de diferentes maneiras; para alguns, pode ser a prática de valores genuínos no dia a dia, para outros pode ser a vivência de uma profunda religiosidade, com a revelação de um amor genuíno por Deus e pela humanidade; para outros pode ser a tradução do amor ao conhecimento e ao saber, voltados para o benefício da coletividade humana; para outros pode ser o profundo senso de proteção e de integração da natureza; para outros a sensibilidade e empatia que os move a ajudar os mais necessitados; para outros pode ser a profunda confiança de que suas orações, reflexões ou meditações os conectam a Deus e essa conexão pode torná-los instrumentos para ajudar àqueles que  precisam de amparo. 

A verdade é que todas essas manifestações, quando genuínas, são frutos da essência do conhecimento e, de alguma maneira nos conectam com Deus. Penso que essa essência, seja qual for, quando voltada ao bem, constitui uma ponte que nos capacita fazer a transição para níveis mais elevados e para uma vida melhor. E como qualquer ponte, ela pode nos possibilitar alguma travessia. Seja a ponte de madeira, ferro ou cimento; o que importa não é focar na ponte, em si, mas sim na travessia. É para tal, que ela existe. Assim se dá com o conhecimento genuíno; ele existe, não para ser exaltado ou admirado, com o foco em si, mas para ser absorvido e aplicado no dia a dia. A ponte pode ser bonita e atraente, mas ela existe, de fato, não para “enfeitar” um cenário, mas sim para possibilitar algum tipo de travessia; o mesmo se dá com o conhecimento.

Quando praticado, o conhecimento nos possibilita a aprendizagem consciente. Quando conseguimos captar a essência que todo conhecimento contém, atingimos um outro patamar, no qual a linguagem entre as diferentes formas de conhecimentos não mais interessa; o que passa a valer, de fato, é a sua essência e sua tradução prática na vida.  A vivência da essência do conhecimento promove a elevação de nossa consciência; chamada por alguns de ‘despertar’, para outros ‘acordar’,  ou abertura do ‘terceiro olho’, etc.; e isso se dá gradualmente.

Independente do título dado a ela, a vivência da essência da oração, do conhecimento ou da meditação na prática, traduz o abrir da cortina à nossa frente e resultam no enxergar o horizonte ao longe, de forma clara e cristalina, sem ser iludido por roupagens ou cenários transitórios. Significa ver o “ser”, além da roupagem branca, amarela ou preta, que veste o “humano”. Essa elevação de consciência gera o sentimento de irmandade e de pertencimento. Para tanto, é necessário acalmar a mente, apaziguar o coração e treinar o intelecto, pois é com a mente tranquila e com o coração em paz que o intelecto conseguirá distinguir o ilimitado do limitado. 

Sintetizando, creio que todo aquele que busca e pratica o bem, principalmente aqueles que não pensam apenas em si, de alguma forma, acabam por se aproximar mais de Deus, mas manter essa conexão com o bem constitui um grande desafio. Particularmente, sinto que a essência do conhecimento deixado por Jesus Cristo, assim como seus exemplos, nos presenteiam com as bases que necessitamos no presente momento.

Sinto em meu coração que nos conhecimentos e nos exemplos deixados por Jesus Cristo estão as maiores fontes de riquezas que recebemos de Deus, em toda a história humana. Por isso, considero que dedicar parte de nossos dias a orar, meditar, contemplar e refletir sobre seus ensinamentos e exemplos, seja o meio mais eficaz e inteligente que temos à nossa disposição.

Capítulo: O Poder do Conhecimento, a Oração e a Meditação
Trecho do livro: “Deus na Equação!” de autoria de HAntonio
Publicado no Blog do HAntonio (hantonio.com)

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